1 de abril de 2021

Semana Santa em tempos de Pandemia


A Semana Santa corresponde a um período de oração, reflexão e meditação sobre a flagelação, morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Um período intenso, onde a comunidade volta-se com fervor para os momentos de celebração na igreja, sendo convidada a um profundo encontro com Jesus Cristo. Mas como vivenciar este momento em tempos de pandemia, onde o isolamento social é necessário para evitarmos a disseminação do vírus. Em tempos atípicos, surgem os desafios ou momentos críticos, e assim, partimos de novas possibilidades. 

Sabemos que o mundo virtual não substitui o mundo real, ou seja, que as celebrações via os meios sociais não são para substituir de vez, mas que neste contexto, percebemos o quanto é eficaz a ação evangelizadora pelos meios de comunicação. Quando sintonizamos em nossas casas, entramos em comunhão com toda a igreja que se faz presente no meio de todos. A oração pessoal entra em contato com a oração comunitária de toda a Santa Igreja. 

Celebrar a paixão, morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, é perceber a cada momento de nosso breve existir que estamos de passagem, e que pela graça divina tornamo-nos participantes do convite de Jesus. Reconhecemos que somos frágeis, pecadores, e que Deus nos acolhe por sua Justiça e Misericórdia. Justiça, pois ele corrige e direciona aqueles que o buscam; Misericórdia, porque não somos merecedores de sua graça e amor, mas em sua eterna bondade, Deus entregou seu Filho amado em remissão de nossos pecados. 

Contemplar a Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo é perceber o quanto Deus nos ama, pois ao se fazer homem, entregou-se a humanidade, e sem pecado, foi julgado, pisoteado, chicoteado, por amor a cada um de nós. Jesus entre em oração a tal ponto que em seu suor sai sangue. Os discípulos abandonaram a Jesus no momento de sua entrega, em um julgamento que foi realizado fora dos padrões normais da época, pois era de madrugada. Pedro o negou três vezes, Judas não aguentou a sua consciência e suicidou-se.

Quando lemos as passagens do evangelho que trazem esses últimos momentos de Jesus, percebemos o quanto Deus ama a humanidade, e o quanto devemos busca-lo, dia após dia. O ato de buscar não quer dizer que não somos pecadores, mas que reconhecemos nossas fragilidades, e quantas das vezes nos julgamos fortes e invictos mas na verdade, passamos a ser flageladores de Jesus. A palavra se atualiza em nossas vidas, nos transforma a cada momento. 

Em momentos de pandemia, percebemos o sofrimento de inúmeras pessoas que perderam seus familiares. Os números de mortes crescem cada dia mais. Um vírus que devastou milhares de pessoas. Sonhos destruídos, famílias desamparadas, medo e pavor rondando a sociedade. Louvamos  a Deus pelo avanço cientifico que identificou a cura, por meio da vacina, mas que anda a passos lentos em sua distribuição.

É um momento histórico de nosso existir que nos leva a inúmeras reflexões existenciais, contudo o que nos fortalece é a nossa fé em perceber que Cristo passou pela paixão e morte de cruz, uma das mortes mais humilhantes, onde os romanos designavam a morte de cruz aqueles que praticavam os piores delitos.

Infelizmente, durante muitos anos verificamos que as igrejas lotavam durante as vias sacras na Semana Santa, mas que no dia em que Cristo vence a morte, ou seja, na Ressurreição, onde é o ponto ápice a Igreja em muitas das vezes permanecia com poucas pessoas. Se a nossa esperança e fé estiver apenas na morte de Cristo a nossa fé é vazia. Mas se acreditamos que há uma ressurreição dos mortos, celebramos com alegria e amor, pois percebemos que esta vida em que estamos inseridos é apenas uma passagem, onde nosso objetivo como cristãos é louvar, honrar e adorar a Deus, com temor e com tremor. 

Os meios digitais nos auxiliam neste momento, onde podemos assistir as celebrações, destas criamos oportunidades para aprofundarmos o encontro pessoal com Jesus, por meio da oração, do jejum e da penitência, confiantes que podemos com Cristo Jesus, ressuscitar para uma vida nova.

 Ricardo de Moura Borges – Graduando em Bacharelado em Teologia Católica.

 

22 de março de 2021

Reflexões sobre o Salmo 2

 


"Felizes, entretanto, todos os que nele confiam.”

(Salmo 2, 11b)

 

Onde está a nossa confiança? Em quem determinamos o centro de nossa vida? A modernidade estabeleceu o antropocentrismo, ou seja, o homem como o centro do universo que pode dar resposta a todas as coisas, sendo este capaz de proporcionar a felicidade a partir do avanço da tecnologia e da ciência. Agora o homem, sendo dono de si, pode atingir os seus objetivos. Desta maneira pode-se atribuir que a vitória vem unicamente pelo ser humano, descartando a possibilidade de intervenção da divindade. O primeiro equivoco é de não reconhecermos que recebemos a Graça da sabedoria e da inteligência e o segundo de que o antropocentrismo inverte o sentido, onde é Deus o criador e não o homem que é a criatura. 

Permeados por objetivos, sonhos, perspectivas, muitas das vezes esquecemos de perguntar a nós mesmos o propósito de nosso breve existir.

O salmo 2 coloca em evidencia o ser humano que desvinculado da presença divina procura os seus propósitos em seu egoísmo, acreditando que pode ser dono de todas as coisas, a tal ponto de desafiar Deus onipotente. Deus porém ao ser onisciente manifesta o seu poder e a sua sabedoria, demonstrando que a verdadeira felicidade não está necessariamente em obter riquezas, fama, glória, mas em perceber o que Ele quer de nossas vidas. Mas como saber o que Deus quer de nós?

Um dos caminhos certeiros para chegar a uma resposta plausível é a oração. Não é por acaso que os salmos são orações. Jesus na Santa Ceia, após a refeição rezou os salmos com seus discípulos. A igreja recomenda constantemente a oração dos salmos. Eles são portas para o encontro com Deus. Recitar o salmo para entrar em contanto com uma oração pessoal com Deus e assim perceber que o nosso breve existir tem um proposito que é louvar e agradecer em todos os momentos da vida.

Os infortúnios e momentos felizes e de glória sempre irão existir, contudo a percepção de que a felicidade pode ser alcançada quando verdadeiramente em um processo continuo, diário, reflexivo se atinge quando confiamos, nos abrimos, ao verdadeiro amor de Deus. O salmo, termina com uma orientação: “Servi o Senhor com respeito e exultai em sua presença; prestai homenagem com tremor [...].

As Sagradas Escrituras são fonte de luz que se renovam a cada momento de nossa vida, demonstrando a presença de Deus em nosso caminhar. Desta forma, agradeçamos o nosso existir e louvemos a Deus que tudo sabe e que nos orienta para sermos vossos discípulos e missionários.


(Ricardo de Moura Borges – Graduando em Bacharelado em Teologia Católica)



2 de fevereiro de 2021

Reflexões sobre os Salmos



Salmo 1: os dois caminhos

“Seu prazer está na lei de Javé, e medita sua lei, dia e noite. Ele é como árvore plantada junto d’água corrente: dá fruto no tempo devido, e suas folhas nunca murcham. Tudo o que ele faz é bem sucedido.”

                                                                                           (Salmo 1, 2-3)

 

Em nosso existir nos deparamos como inúmeras situações que nos fazem repensar os caminhos. Neste salmo encontramos uma orientação, onde Deus mostra que é necessário seguir o caminho dos justos, ou seja, meditar a palavra de Deus dia e noite, sempre buscando-O com toda intensidade de coração. Mas somos falhos, pecadores, caímos constantemente no pecado, portanto, como seguir os trilhos dos caminhos que levam a justiça de Deus?

Diante da colocação de que existe o justo e o injusto, é considerável que na grande maioria das vezes, nos colocamos como justos, em termos as melhores opções e formas de trilhar o nosso breve existir. E ai, quando nos deparamos com os ensinamentos da Sagrada Escritura, Tradição e Magistério, percebemos que em muitos momentos estávamos em caminhos que não era necessariamente o correto. Reconhecer que somos injustos, pecadores e falhos não nos limitam do amor de Deus, mas nos aproximam da realidade do plano de salvação, desde que é claro, busquemos o caminho da justiça.

Este salmo apresenta o caminho tortuoso do injusto que está fadado ao cotidiano trivial em sentar-se na roda dos zombadores, em fixar-se apenas no banal da existência, deixando Deus como segunda opção. Os dois caminhos nos levam a consequências. Se optamos pelo caminho de Deus devemos dedicarmos de coração, alma, vontade e integridade a busca constante, mas isso não é garantia de que não iremos cair de novo. O importante é a perseverança e confiar não em nossas forças, mas sentir e perceber que existe um Deus que nos dá a graça de busca-lo constantemente.

Um certo sacerdote uma vez disse: “ os salmos são orações que devem ser saboreadas, assim, como saboreamos um fruto”. Saborear não é colocar na boca e engolir o fruto com pressa, mas sentir o doce, o amargo, a textura, é sentir o gosto intenso se espalhando em nosso paladar. Desta maneira, um bom caminho é meditar, contemplar, orar, sentir a oração pessoal, intima com Deus por meio dos salmos. Estes são portas de libertação, de confraternização, de alegria e jubilo ao encontrarmos a presença de Deus em nosso existir.

Esta meditação não deve ser de forma alguma uma obrigação, uma imposição de ler o salmo diariamente, mas um habito que vai se tornando presente em nosso cotidiano a partir da tomada de consciência de que o ser humano busca a Deus e este lhe dá as condições necessárias para louva-Lo. Agradecer as pequenas coisas que acontecem no nosso dia-a-dia, sentir e saborear essa percepção já nos ajuda a perceber o milagre que Deus realiza em cada um de nós.

Passamos assim da situação de um caminho levado pelas condições que nos encontrávamos para o caminho proposto por Deus àqueles que buscam a justiça divina. Esse hábito é difícil de ser encontrado?

Algumas dicas são muito importantes: a) oração constante; b) certeza de que a força que vem para uma mudança não vem de nós pois é Deus que dá a graça, mas devemos procurar constantemente; c) leitura das Sagradas Escrituras ( hábito cotidiano); d) abertura para uma reflexão consciente de que cremos no Deus do Impossível que tudo pode transformar.

Desta forma, entendemos que a Sagrada Escritura se faz presente em nossa vida, quando buscamos, meditamos, saboreamos as suas palavras e buscamos entendimento constante, preenchendo esse vazio que há em nosso interior. O salmo aponta que existem aqueles que preenchem com caminhos distantes de Deus, e outros que preenchem meditando dia e noite a sua lei, sendo que o fruto devido é dado de acordo com a produção da árvore. Então, algumas questões são interessantes: que tipo de árvores somos,em qual terra estamos, é possível mudança?

Cremos que o Deus do impossível jamais abandonou aqueles que o buscam de coração sincero, portanto, o caminho está aberto para todos os que o buscam, sendo que a graça acontecendo dia após dia. Como disse São Francisco de Assis: “Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente você estará fazendo o impossível”.


  ( Ricardo de Moura Borges – graduando em bacharelado em Teologia – UNINTER )

 

 


28 de dezembro de 2020

Horários das Missas do Fim de Ano da Paróquia do Junco

 

É tempo de Graça! Estamos terminando mais um ano, e prestes a iniciar o vindouro. Afinal, são tantos os motivos para agradecer, louvar a Deus. Cada um de nós traz em seu coração o desejo de um Ano Novo feliz.

Que Deus derrame sobre nós bênçãos e que faça de nós instrumentos de sua paz e do seu amor.


Confira a programação das Missas de Fim de ano



Paróquia de São Francisco de Assis (Junco)



31/12/2020- ( Quinta-feira) 19:00

01/01/2021 - (Sexta –feira) - Dia Mundial da Paz

08:00 - Missa na Matriz do Junco

19:00 - Missa na Matriz do Junco.


Faça a sua inscrição pelo aplicativo "AGENDA MISSAS" e partícipe.

Transmissão AO VIVO das Missas de Fim no dia 31/12 e 01/01 as 19hs, pelo YOU TUBE " SÃO FRANCISCO DE ASSIS JUNCO.


Matéria : Pascom Junco 

2 de novembro de 2020

Paróquia do Junco realiza o Rifão de São Francisco 2020


No último sábado (31/10)as 19hs, foi realizado o Rifão de São Francisco com uma Live - Cantando ao Amor de Francisco - Vozes da Esperança, com transmissão AO VIVO pelo YOU TUBE da Paróquia “ FRANCISCO DE ASSIS JUNCO”.


Confira os ganhadores!!

 

1º. Prêmio: UM VENTILADOR –Maria Ivete Cirpiano Silva, Av. Senador Helvidio Nunes -Junco

 

2º. Prêmio: LIQUIDIFICADOR Laíla de Lima L.B. Silva, Rua Manoel Batista de Sousa-Ipueiras

 

3º. Prêmio: UM FERRO ELÉTRICO, Maria do Carmo Sousa, Av. Capitão Felipe de Araújo Rocha-Picos

 

4º. Prêmio: UM ESPREMEDOR DE FRUTAS, Valdeci Neto e Lucas-Pantanal

 

5º. Prêmio: UMA SANDUICHEIRA,  Maria Antônia da Costa Santos -Rua Dr. Antenor Neiva-Junco

 

6º. Prêmio: UM GRILL – Josilene Francisca da Silva –Conjunto Picos II -Pedrinhas

 

7º. Prêmio: UM KIT DA TUPPERWARE ( 2 PCS ) –Francisca Angelita da Costa Oliveira –Rua Jardim da Infância -AABB

 

8º. Prêmio: UM KIT DA TUPPERWARE (5 PCS)–Isabella Léticia -Morrinhos

 

9º. Prêmio: Um Kit da NATURA – Teresa,  Geminiano

 

10º. Prêmio: : UMA BATEDEIRA PORTÁTIL - Michelani Oliveira S. Moura, Rua Castro Alves -Junco

 

11º. Prêmio: UMA FRITADEIRA FAMILY INOX-I – Marcelino J. de Almondes - Ipueiras

 

12º. Prêmio: UMA PANELA DE PRESSÃO ELÉTRICA 3L – Maria Aparecida Santos Alencar- Teresina- PI

 

13º. Prêmio: UMA PANELA DE PRESSÃO PANELUX 4,5L – Maria de Fátima Vieira da Silva , Conjunto Picos II ( Pedrinhas)

 

14º. Prêmio: UM TANQUINHO DE LAVAR ROUPAS Joaquim Holanda – Lagoa Grande

 

15º. Prêmio: UM CARNEIRO – Maria Aparecida Moreno- Conjunto Petrônio Portela - COHAB

 

16º. Prêmio: UM APARELHO CELULAR – Arlindo Alves, Av. Carlos Amora –Fortaleza-CE

 


Parabéns aos ganhadores !!


Acesse e confira a live na integra


Matéria: Pascom Junco