Por: Diác. Francidilso Silva - Assessor Diocesano
Olá galera! Tudo bem? Bom, acredito que a proposta deste texto não é nova, nem tão pouco tragar grandes novidades, porém creio que auxiliará a aprofundar nossa maneira de ser e agir enquanto Pastoral da Juventude. Afinal, devemos compreender: porque mesmo falar de Pastoral da Juventude? Quais os vários níveis de identidade que podemos alcançar dentro dessa pastoral?
Bem, parece algo muito conhecido, mas suponhamos que alguém chegasse e lhe perguntasse: Ei, você poderia me explicar o que é Pastoral da Juventude? E, quais os objetivos que ela se propõem alcançar? E ai, como você se sairia dessa?
Muito bem, vamos então começar a explicar o que significa pastoral. Pastoral é um termo que deriva de Pastor, e isso nos remete ao texto de Jo 10,10: “Eu sou o Bom Pastor.” Nesse sentido, a Igreja, enquanto atualizadora e dispensadora dos mistérios de Cristo no mundo, é aquela realidade que assume a missão de pastorear os homens no cotidiano da vida. Assim, “Pastoral é toda atividade da Igreja enquanto Igreja.”[1]
Diante da conceituação muito rápida de pastoral podemos entender que a pastoral é a vida da própria da Igreja e onde ela se descobre e se edifica. Para tanto, é necessário um olhar muito atualizado frente os desafios que assolam os espaços de presença transformadora para reconhecer os rostos dos irmãos fragilizados e excluídos da sociedade.
É isso que a Pastoral da Juventude tem como desafio: buscar respostas para diminuir as realidades que massacram os jovens e ser presença transformadora através de ações que valorize a pessoa em sua totalidade. Essas ações terão maior eficácia se os jovens assumirem integralmente esse processo de evangelização. Afinal, é uma ação de jovem para jovem.
Além disso, a Pastoral da Juventude deve entende-se como ação da Igreja que possui uma única finalidade, e porque não dizer a principal, fazer os jovens “descobrir, assimilar e comprometer-se com a Pessoa de Jesus Cristo e com a sua mensagem.”[2]
Como texto inspirador a PJ assume as palavras de Lucas (4, 18-22), no qual Jesus mostra seu roteiro de atuação transformadora.[3] Assim, a PJ é consciente que deve anunciar e testemunhar o Reino de Deus, motivada pela proposta libertadora de Jesus Cristo, construindo assim a “civilização do Amor”.
É importante nesse processo de vivência da mensagem evangélica o cuidado de compreender a integralidade da pessoa, assumida pelo Cristo e acolhida pela PJ. Esse processo de formação integral do homem e da mulher está delineado nas opções pedagógicas abraçadas pela Pastoral da Juventude, que são:
A importância fundamental do grupo de jovens, a formação integral, a memória, o trabalho diferenciado com os diversos tipos de jovens, a organização, a presença do acompanhamento e da assessoria e a vocacionalidade, concretizando-se na elaboração do projeto de vida.[4]
Para a realização do processo de formação integral é preciso realizar um caminho que é composto de cinco dimensões. Tudo isso, “para que a pessoa seja ética, democrática, comprometida, participativa; saiba amar, conviver, relacionar-se; que tenha fé, esperança e, principalmente, que seja feliz.”[5] Desse modo, temos como prioridade as seguintes dimensões: 1) personalização, momento de autoconhecimento, autocrítica e busca de autorrealização; 2) integração, momento de conhecimento do outro e superação dos bloqueios de comunicação; 3) evangelização, busca de fundamentos para nossa fé e construção de uma mística; 4) conscientização, descobri o mundo e nos fazer sujeito da história, tornando-nos capazes de analisar e participar na luta por uma sociedade mais justa e solidaria; 5) capacitação, é a etapa de nos prepararmos para planejar, executar, revisar, criar, encantar, festejar. Em todas essas dimensões é preciso assumir um espírito juvenil que mostre seu rosto belo, criativo, transformador. E, é no dia-a-dia em meio aos seus afazeres que os jovens devem trabalhar essas dimensões.[6]
Essa nossa maneira de ser, viver e amar, contudo, visa: construir a fraternidade entre os jovens, construir a comunidade, construir a sociedade, formação para a cidadania, vivência eclesial e espiritual. Além disso, queremos jovens conscientes da missão que Deus lhes confia: “Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos.” (Mt 28, 19).
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[1] GASQUES, Jerônimo. Grupos de Jovens: pode onde começar?. 6. ed. São Paulo: Paulus, 2002. p. 33.
[2] Ibid., p. 32.
[3] Cf. PASTORAL DA JUVENTUDE: um jeito de ser e de fazer: somos uma Igreja jovem. Brasília, 2012. p. 38.
[4] Ibid., p. 54.
[5] Ibid., p. 58.
[6] Cf. Ibid., p. 58-59.
Diác. Francidilso Silva - Assessor Diocesano
Atualmente evanjelizando na Paróquia São Francisco de Assis – Bairro Junco.
1 comentários :
É tão lindo ouvir falar da nossa PJ, e mais bonito ainda é fazer parte dela!!!
Abraço a tds os PJoteiros... PJ Sempre"
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