13 de maio de 2012

JESUS VAI AO ENCONTRO DE UMA MÃE

 

mary33

Um dos trechos do evangelho de São Lucas que me chama muita atenção está situado em Lc 7, 11-17. Neste trecho observamos uma peculiar diferença de outros relatos, aonde geralmente os personagens vão ao encontro de Jesus, contudo vemos o contrario em Lucas 7. Aqui, após sair da cidade de Cafarnaum, Jesus entra na cidade de Naim, e que por coincidência encontra uma cena que o deixa em estado de compaixão levando-o ao encontro da personagem.

Diz-se que Jesus estava com seus discípulos e uma grande multidão que o acompanhava, e ao entrar na cidade de Naim, coincidiu de encontrarem um grupo de pessoas carregando um morto para enterrar. O evangelho de Lucas diz que o morto era um jovem, filho único, cuja mãe era viúva. Interessante observarmos dois pontos: primeiro que os personagens não tem nome, e em segundo o sofrimento duplo dessa mãe, que perdera o filho único, e que já tivera perdido o marido, pois era viúva.

Penso que seja um sofrimento inigualável, para essa mãe, e até indefinível, pois ate nos dias de hoje não conseguimos denomina-lo, pois vejamos bem: quem perde o marido fica na condição de viúva, mas quem perde um filho, em que condição se encontra?. O desespero, a dor, a aflição que aquela mulher sentiu foi tanta que Jesus de imediato ao vê-la encheu-se de compaixão por ela e disse: “Não chores”. Em seguida Jesus foi até aqueles que carregavam o caixão, e estes pararam, e Jesus disse: “Jovem eu te digo, Levanta-te”, em seguida aquele jovem que estava morto começou a falar e Jesus o entregou a sua mãe.

Agora convido o caro leitor, a refletir o estado de morte que este jovem se encontrava, e as reflexões que podemos apontar sobre estado de morte que existe hoje em nosso meio. O evangelho de Lucas de primeiro momento nos coloca o entendimento da morte física, onde os órgãos vitais param de funcionar, o sopro de vida se esvai e a alma humana retorna para Deus. Contudo sabemos que existem outros tipos de mortes. Observemos esses questionamentos atuais: Quantos jovens hoje estão mortos pela ação do pecado? Quantos jovens se encontram em estado de morte pelo uso de drogas, de álcool, pela má vivencia de sua sexualidade em nossos dias? Quantos jovens são verdadeiros amigos e companheiros fora de casa, mas dentro de suas residências são verdadeiros estranhos? Quantos jovens descontam suas revoltas em suas mães?

São questionamentos pertinentes que se fazem presentes em nossa sociedade e que levam ao estado de morte de jovens com as suas famílias. E que ao mesmo tempo nos faz perceber que o amor de mãe é incondicional, a ponto de acolher e perdoar sempre.

Associando o evangelho de Lucas, podemos nos lembrar de Mônica que rezou e chorou muito pela conversão de seu filho Agostinho, e que depois de muitas lagrimas, seu filho Agostinho se converteu profundamente. Assim como no evangelho onde o Jovem retorna a vida e começa a falar, Monica entra sempre em dialogo com Deus pedindo a conversão de seu filho. Portanto, falar propõe dialogo, então falta de dialogo leva a morte. E por isso que remiti as dois últimos questionamentos, pois é muito perceptível a ausência de dialogo em nossas famílias.

Jesus se faz presente na vida daquela mãe viúva, desamparada. E lhe devolve seu filho que estava em estado de morte. E este Jesus está hoje a acompanhar todas as mães que passam por sofrimento de perca de um filho, quer seja pela morte das drogas, do egoísmo, do álcool, e de tantos outros males que levam a morte.

 

ORAÇÃO

SENHOR DEUS TODO PODEROSO, VOS PEDIMOS POR MEIO DA MÃE DE SEU FILHO AMADO, A GRAÇA DE SERMOS ABERTOS A TUA PALAVRA, PARA PODERMOS SER SINAS PRESENTES NA COMUNIDADE ORANTE. AMÉM.

 

Ricardo Borges

Ricardo de Moura Borges – FORMADO EM FILOSOFIA PELO ICESPI E ATUALMENTE CURSANDO HISTÓRIA NA UFPI.

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