24 de agosto de 2012

BATISMO

 

batismo_adulto

Observando o sentido amplo e enfático da época em questão, concluímos que “ casa” designava o chefe da família, com todos os seus familiares, empregados e incluindo as crianças. Portanto, indiretamente encontramos o batismo de crianças nas Sagradas Escrituras.

Historicamente temos relatos de batismo de crianças desde o século II, e por santos e grandes homens da Igreja sabemos que foi uma tradição já passada desde os apóstolos. Temos Orígenes de Alexandria e Santo Agostinho atestam que: “o costume de batizar crianças é tradição recebida dos apóstolos”.

Observemos as palavras do Mestre, que da o consentimento aos apóstolos de batizarem todos os povos e nações.

Ide, portanto e fazei que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espirito Santo, ensinando-os a observar tudo que vos ordenei”. (Mt 28, 19-20).

O Batismo nos faz renascer para uma vida nova, vida nova em Cristo nosso Senhor, e se faz necessário para a salvação do cristão católico.

O Batismo constitui o nascimento para a Vida Nova em Cristo. Segundo a vontade do Senhor, ele é necessário para a salvação como a própria Igreja, na qual o Batismo introduz. (CIC 1277).

Caminhemos, pois na Igreja de Jesus seguindo seus passos, em busca da salvação contida nos sacramentos instituídos por ele e transmitidos pela sua Igreja Católica.

O sacramento do Batismo se faz de fundamental importância para o cristão católico, pois somos inseridos na filiação de Deus, através do batismo onde ressuscitamos com Cristo, saindo da condição do pecado, desde o pecado original. Como diz o apostolo Paulo que é pelo Batismo que comungamos na morte de Cristo e sepultados ressuscitamos com Ele.

Batizados em Cristo Jesus em sua morte é que fomos batizados. Portanto, pelo Batismo fomos sepultados com Ele na morte para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela gloria do Pai, assim também nós vivamos a vida nova. ( Rm 6, 3-4).

Com a imersão no mistério da morte de cristo somos com ele ressuscitados para uma vida nova. Como nos ensina o Catecismo da Igreja Católica:

Batizar ( “batizem” em grego) significa “mergulhar”, “imergir”; o mergulho na água simboliza o sepultamento do catecúmeno na morte de Cristo, do qual com Ele ressuscita como “ nova criatura”. ( 2Cor 5,7; Gl 6,15).

O próprio Jesus nos diz que para entrar no reino do céus, devemos renascer da água e do Espirito para entrarmos em seu Reino.

Quem não renascer da água e do Espirito, não poderá entrar no Reino dos Céus. ( Jo 3,5).

Desejosos de entrar no Reino dos Céus, sentimos que se faz necessário o batismo, por isso desde cedo inicia-se o batismo, desde a tenra infância, com o sentido de ingressar a pessoa na filiação do Pai, onde a criança é liberta do pecado original e tornando-se assim participante do Reino de Deus.

Poderíamos ser surpreendidos por aquelas envelhecidas questões: Será que o Batismo de crianças constitui de atentado á liberdade das mesmas, impondo-lhes obrigações que talvez não queiram aceitar na adolescência? E a Bíblia fala sobre Batismo de Crianças?

Anteriormente vimos a importância do batismo, para o cristão católico. Agora podemos observar que no plano natural, os pais fazem em lugar de seus filhos opções indispensáveis para o seu crescimento. Assim, a criança deve desde cedo, manter um habito de higiene, de educação e etc,. Ora, como ouvimos vez por outra as sabias palavras de nosso pároco da paroquia São Francisco de Assis:

“ Se questionam o batismo de crianças e dizem que as privam assim de sua liberdade, porque não deixam que elas cresçam sem nome, e ai quando crescerem elas mesmas escolhem?”

( Pe. Flávio de Sousa Santiago).

Sobre o fato de as crianças ainda não terem consciência do sacramento que estão recebendo enquanto batizadas, sabemos que os pais católicos desejam a salvação dessas, juntamente com os padrinhos e a comunidade de fieis reunida, na igreja se faz comunidade orante. As crianças são levadas a fé pela sociedade universal dos santos, como nos lembra um grande santo da Igreja:

As crianças são apresentadas para receber a graça espiritual não tanto por aqueles que as levam nos braços, mas sobretudo pela Sociedade Universal dos Santos. ( Santo Agostinho – epistola 98,5).

Para respondermos a segunda questão temos que mergulhar na Sagrada Escritura e observar minunciosamente algumas expressões que nos levam a concluir que, o batismo de crianças não se refere explicitamente, contudo é notório que em algumas passagens que narram o batismo vemos os personagens sendo batizados juntamente com “ toda a sua casa”.

Encontramos a negociante de Lídia de Filipos em Atos 16,14s; o carcereiro de Filipos em Atos 16, 31- 33; o personagem Crispo de Corinto em Atos 18,8; o Centurião romano Cornélio em Atos 10, 1s 24, 44, 47s; e por fim a família de Estefânia em 1Cor 1,16.

Nessas situações vemos que os personagens foram batizados juntamente com “ toda a sua casa”. E quando vemos essa expressão “casa”, que do grego domus e do latim oikos, devemos observar o seu sentido profundo.

 

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RICARDO DE MOURA BORGES – FORMADO EM FILOSOFIA PELO ICESPI E ATUALMENTE CURSANDO HISTÓRIA NA UFPI.

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